O trabalho híbrido é o queridinho do momento e ele veio para ficar. Veja como o RH pode atuar neste cenário!

Por que o híbrido se tornou um queridinho?

A pandemia forçou as empresas a trabalharem remotamente e, com isso, vieram algumas vantagens e desvantagens.

Nem toda empresa se adaptou, mas quem já trabalha dessa maneira ou quem conseguiu se adaptar pode cortar muitos custos.

Apesar de ter todo o investimento em tecnologia para que funcione da melhor maneira, outros custos acabam saindo do papel.

O lugar físico pode deixar de existir ou ficar muito menor e isso já reduz grandes custos (aluguel, manutenção, água, luz etc).

Mas, ao mesmo tempo, o RH teve que lidar com colaboradores sem adaptação, falta de engajamento, de estrutura e com a saúde mental durante esse período.

O que aconteceu foi que com a flexibilização, algumas empresas decidiram ficar totalmente remotas e outras perceberam que o modelo híbrido funcionava muito bem.

O que mudou?

Acontece que o modelo híbrido permite que as empresas diminuam seus custos já que a ida ao trabalho não será diária.

Com isso, a empresa pode ir para um escritório menor e pode revezar os dias entre os setores, por exemplo.

Segundo levantamento feito pela RH Adecco, mostra que 71% das pessoas que trabalharam remotamente em 2019 afirmaram que pretendem continuar dessa forma.

Ganham os benefícios de o colaborador trabalhar de qualquer lugar, a saúde mental deles (menos tempo no trânsito e de deslocamento, mais tempo para família e outros afazeres).

Ainda de acordo com a pesquisa, 53% dos entrevistados – tenham eles trabalhado remotamente ou não – querem trabalhar de maneira remota. E isso inclui home office ou no modelo híbrido e 47% do tempo no escritório.

O curioso é saber que a geração mais nova preferia voltar ao escritório por sentir mais necessidade de socializar do que os mais experientes.

Como o mundo está em relação ao trabalho híbrido?

A pesquisa da Adecco foi realizada em 25 países com um questionário de 15 minutos. Veja como eles estão em relação ao trabalho híbrido:

Japão – 60%

Reino Unido – 60%

Canadá – 60%

Espanha – 60%

Latam (países da américa latina) – 54%

China – 23%

E o que o mundo percebeu é que pode existir um equilíbrio, não é necessário bater ponto todo dia no escritório e nem ficar o tempo todo em casa.

E quais os desafios do trabalho híbrido?

Quando pensamos em trabalho remoto vem algumas coisas na cabeça:

#1 Menos tempo de deslocamento, adeus transporte público lotado, adeus trânsito e só com isso a gente sabe que o estresse diminui bastante, né?

#2 Menos atrasos, se não precisa pegar trânsito, não tem mais desculpa para seu colaborador chegar atrasado.

#3 Mais tempo com a família, trabalhando remotamente ganha a chance de pegar os filhos na escola, almoçar com o(a) companheiro(a), com os pais e até mesmo com os amigos.

#4 Mais versatilidade, já que você não precisa necessariamente trabalhar de casa, apenas de um lugar com uma boa internet e isso pode aumentar a criatividade do colaborador.

Escute também: O futuro dos escritórios e a segurança de colaboradores

Como o RH pode atuar junto aos líderes?

Com o tempo que se ganha, o colaborador pode descansar, assistir sua série favorita, ler um livro, ter um novo hobby ou o que ele quiser fazer.

Mas nem tudo são flores, apesar de saber do impacto da pandemia, a incerteza sobre o futuro profissional, o medo dele ou os parentes ficarem doentes não ajuda.

Pensando em um cenário pós-COVID, ainda assim existe um problema recorrente que é acabar trabalhando além da sua carga horária por estar em casa e aí vem o Burnout.

Também existe o outro lado da moeda – o Boreout, a síndrome do tédio, onde o colaborador por estar dentro de casa o tempo todo pode sofrer. 

Os líderes também precisam ter cuidado com o excesso de calls – o Zoom Fatigue.

Muitos acreditam que possam estar ajudando a não deixar a pessoa sozinha nesse momento, mas pode ter o efeito contrário e ele entrar em exaustão.

É um desafio constante  para os gestores e o RH precisa estar atento para entender as dificuldades e escutar os colaboradores para ver quais os problemas que vêm surgindo.

O engajamento é algo que preocupa os líderes em relação aos seus colaboradores e o trabalho remoto.

Porém, com o trabalho híbrido é possível que tenha as vantagens do trabalho remoto e ao mesmo tempo supra outras necessidades dos colaboradores.

Tais como a socialização,  diminuir os ruídos na comunicação com olho no olho e assim também aumentar a satisfação dos colaboradores.

O RH também precisa ter atenção já que o modelo de trabalho híbrido ainda não tem uma legislação própria.

Então, as empresas têm adotado contratos e pagamentos de acordo com o trabalho presencial e o teletrabalho pela CLT.

É importante estar atento às mudanças e a saúde física e mental dos colaboradores para que tudo dê certo!

Veja também: Anywhere Office – tudo o que você precisa saber