“Cheguei ao meu limite” e “não aguento mais” podem ser sinais da Síndrome de Burnout. Você já pensou nisso ou viu em seu ambiente de trabalho? Fique atento, pois o seu colaborador pode estar precisando de ajuda.
O que é Síndrome de Burnout?
De acordo com o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional, conhecido como a Síndrome do Esgotamento Profissional. Ela é causada por tensão, competitividade e desgaste, que são demonstrados em sintomas como o estresse, esgotamento físico e mental e exaustão excessiva.
Para além das situações difíceis do dia a dia, no estresse laboral crônico o colaborador não encontra maneiras de lidar e não consegue elaborar estratégias adaptativas para a situação. Seja pelo excesso de trabalho, tarefas que exigem grande responsabilidade, a competitividade do mercado, entre outros motivos.
O conceito criado pelo psicanalista americano Herbert J. Freudenberger em 1974 não poderia ser mais atual. Ainda mais agora, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) acrescentará a síndrome na próxima Classificação Internacional de Doenças (CID-11) associado ao emprego ou ao desemprego, prevista para entrar em vigor em 2022.
De acordo com pesquisa do Internacional Stress Management Association (Isma), 70% da população brasileira é afetada pelo estresse. O Brasil, só fica atrás do Japão. Ainda segundo o Isma, 30% da população sofre com a Síndrome de Burnout.
Evolução da Síndrome de Burnout
Em geral, a Síndrome de Burnout possui três níveis de evolução:
- Exaustão emocional;
- Despersonalização/ Desumanização;
- Baixa realização profissional.
Na primeira é demonstrado por cansaço excessivo, sensação de sobrecarga e esgotamento emocional. O trabalho se torna sinônimo de sofrimento e angústia. Falta energia tanto às atividades laborais quanto às pessoais.
Na segundo são criadas barreiras cognitivas e emocionais no ambiente de trabalho. O colaborador se torna apático em relação aos colegas de trabalho, aos líderes e a empresa.
Já no terceiro, ele se sente frustrado, desmotivado e infeliz, trata o trabalho como um “fardo”, diminuindo cada vez mais o seu empenho em suas atividades e baixando drasticamente a sua produtividade.
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Veja também:
Sinais e Sintomas
– Cansaço excessivo, físico e mental;
– Dor de cabeça frequente;
– Alterações no apetite;
– Insônia;
– Dificuldades de concentração;
– Sentimentos de fracasso e insegurança;
– Negatividade constante;
– Sentimentos de derrota e desesperança;
– Sentimentos de incompetência;
– Alterações repentinas de humor;
– Isolamento;
– Fadiga;
– Pressão alta;
– Dores musculares;
– Problemas gastrointestinais;
– Alteração nos batimentos cardíacos.
Prevenção e Tratamento
O diagnóstico é feito por um profissional especializado, psicólogo ou psiquiatra. Ele irá identificar e orientar o melhor tratamento para cada caso. Porém, criar uma rotina com novos hábitos também podem ajudar a prevenir a síndrome.
Desta forma, por exemplo, pode-se iniciar o dia com exercícios de relaxamento como alongamentos, meditação e leituras, criando seu próprio ritual.
A prática de hábitos saudáveis também contribuem para o seu bem estar físico e mental, como ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente e ter uma boa noite de sono.
Aprender a gerir o estresse e estabelecer limites são essenciais. A tecnologia é de grande valia, mas fazer uma pausa faz toda a diferença. Desconecte-se um pouco e tire um tempo para si mesmo.
O tratamento é feito de acordo com o grau do distúrbio e o médico irá avaliar a necessidade de medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos) aliados com a terapia.
O importante é ficar atento aos sinais e sintomas, não tentar se automedicar e buscar ajuda, para o bem da sua saúde física e mental.
A empresa deve ficar atenta aos colaboradores e ter uma plano estratégico para auxiliá-los da melhor forma, deixando-os confortáveis para procurá-los em casos como este ou qualquer outra situação.
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