As causas e consequências do choque de gerações já são um campo de estudo bastante explorado na área de gestão de pessoas. Afinal, o ritmo frenético das transformações tecnológicas e sociais das últimas décadas resultou em um cenário sujeito a muitos conflitos dentro das organizações.
Neste artigo, você vai entender melhor o impacto das novas gerações sobre o mercado de trabalho e o que pode ser feito para gerenciar a interação entre perfis diversos de forma adequada. Confira!
Qual é o impacto das novas gerações no mercado de trabalho?
A Geração Z, composta por pessoas que nasceram entre 1996 e 2010, chegou ao mercado de trabalho com uma nova forma de enxergar as relações sociais e as prioridades da vida. Convivendo desde muito cedo com a tecnologia, ela tem mais dificuldade para lidar com burocracias e gosta de flexibilidade.
Como um efeito da exposição às plataformas digitais e suas recompensas instantâneas, a ansiedade aparece como um traço cada vez mais frequente desses jovens, assim como a sensação constante de frustração. Uma pesquisa publicada em 2018 pela consultoria Consumoteca mostrou que 35% dos brasileiros da Geração Z alegaram já ter sofrido com depressão.
Todas essas características guardam relação com fenômenos como o da Grande Resignação e levam para as empresas o desafio de fornecer:
– um senso de propósito para justificar as atividades diárias;
– um ambiente aberto a mudanças e que promova a autonomia;
– relações de trabalho menos hierarquizadas;
– ações que priorizem a saúde mental.
Como controlar o choque de gerações?
Dadas as novas circunstâncias sociais e do mercado de trabalho, é inevitável que o choque de gerações ocorra em algum nível. Mas é possível gerenciar esses conflitos a partir das seguintes ações:
Mapeie as causas de conflito mais comuns
Os motivos mais frequentes por trás do choque de gerações nas empresas giram em torno de três pontos principais:
– modos de aprender;
– modelos de trabalho;
– estilos de comunicação.
Cada geração aprendeu a assimilar e usar informações de formas distintas. Algumas pessoas aprendem melhor de forma linear, com uma sequência lógica bem definida. Outras se sentem mais à vontade buscando respostas de acordo com a demanda.
A gestão do tempo também é um aspecto em que as divergências ficam bem demarcadas. Enquanto os mais experientes tendem a enxergar o horário fixo de trabalho como algo básico, os mais novos já não veem sentido nisso. A própria escolha entre trabalhar de casa ou ir para a empresa pode ser uma diferença forte.
De fato, é difícil encontrar o ponto de equilíbrio entre tantas necessidades e costumes diferentes. Mas cabe às organizações encontrar formatos capazes de atendê-las ao máximo e valorizar a liderança situacional como forma de intermediar as relações corporativas.
Entenda as forças e fraquezas de cada geração
Obviamente, não há como determinar que uma geração é melhor que a outra, afinal, cada uma delas tende a apresentar pontos fortes e fracos de acordo com o contexto. Uma das tarefas dos profissionais de gestão de pessoas é trabalhar para que os estereótipos sejam superados.
Isso trará uma visão mais empática aos colaboradores, que passarão a enxergar as diferenças como algo positivo e desenvolverão a capacidade de combinar habilidades diversas para solucionar problemas.
Estimule a troca de conhecimentos
Este tópico tem tudo a ver com o anterior e reforça a importância de uma cultura organizacional baseada em feedback constante. A abertura para ouvir o que o outro tem a dizer é indispensável para o desenvolvimento individual e coletivo, além de criar oportunidades para uma boa convivência.
Quer se aprofundar no tema? Veja como o RH pode trabalhar diferentes gerações e promover a integração entre elas de forma construtiva!
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