O bem-estar dos colaboradores é papel do RH e as mulheres devem ter uma atenção especial, já que com a pandemia o número de burnout cresceu entre elas. Confira!
Por que o bem-estar das mulheres?
A verdade é que a pandemia mexeu com a saúde mental de todos, mas para as mulheres foi ainda pior.
Segundo um levantamento da McKinsey & Co. apresentado no relatório Women in the Workplace 2021 – Mulheres no local de trabalho, em português -, 42% das entrevistadas sofrem com sintomas da síndrome de burnout.
Esse número cresceu 10% em relação ao ano passado e mais de 50% das mulheres em cargos de gerência relataram ter burnout de forma recorrente.
A pesquisa foi feita com 423 empresas e 65 mil pessoas nos Estados Unidos, e os três grupos que mais se sentiram propensos a reduzir ou mudar de carreira foram as mães, mulheres em cargos seniores e mulheres negras.
As mães acabavam atingindo alto nível de estresse e ansiedade por estarem duas vezes mais propensas a ter a preocupação da interferência negativa dos filhos com o trabalho do que os homens.
As mulheres com cargos seniores estavam com um percentual de 39% de esgotamento contra 28% dos homens, pois elas sentiam a necessidade de trabalhar mais que eles.
As mulheres negras além de serem minoria nas empresas, já sofreram algum tipo de discriminação ou menos apoio dos seus líderes.
Como o RH pode ajudar no bem-estar das mulheres?
É importante que o RH, para que ele seja estratégico de maneira assertiva, haja não só o cuidado, como o acompanhamento do seu colaborador dentro e fora da empresa.
O Harvard Business Review (HBR) listou 7 estratégias importantes para melhor a saúde e o bem-estar dos colaboradores, são elas:
#1 Controle sobre o seu próprio trabalho
As pesquisas indicam que ter pouca discrição sobre a forma que o trabalho é feito está associada a uma saúde mental fraca e a problemas cardíacos.
E a junção de uma alta carga de trabalho com falta de controle de como fazer o próprio trabalho aumentam o risco de diabetes e mortes por doenças cardiovasculares.
Dar autonomia aos colaboradores, mesmo que em uma pequena proporção, faz toda a diferença no seu bem-estar.
#2 Seja mais flexível
Não é de hoje que os benefícios vão além do plano de saúde, mas, mais do que isso, eles tendem a ser cada vez mais opcionais, flexíveis e digitais.
Já está comprovado como o fato dos líderes darem aos seus colaboradores mais opções ou controle sobre seus horários melhora a sua saúde mental.
E isso pode ser apenas em chegar um pouco mais tarde ou sair um pouco mais cedo, em troca de turnos, trabalho remoto ou híbrido.
#3 Estabilidade dos horários
Ter horários imprevisíveis ou por demanda pode trazer problemas de ansiedade, na qualidade do sono, bem-estar e saúde mental.
Em um estudo feito pela Gap mostrou que uma maior estabilidade nos agendamentos dos colaboradores aumentou 7% nas vendas e 5% na produtividade dos seus colaboradores.
#4 Transparência na resolução de problemas
Dar a oportunidade de o colaborador identificar e resolver os problemas no próprio trabalho faz toda a diferença no seu bem-estar, afinal quem quer levar problema para casa?
Um estudo levou os colaboradores para identificar os seus problemas estruturais e resolvê-los no seu local de trabalho. Isso fez com que aumentasse a sua satisfação e diminuísse os índices de burnout.
Além disso, quando os problemas eram resolvidos em conjunto, também se sentiam menos propensos a pensar em deixar o trabalho.
#5 Não sobrecarregue a sua equipe
A pesquisa apontou que uma alta demanda de trabalho – seja por muitas horas ou muita pressão – pode afetar a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores.
É importante que as tarefas sejam delegadas para as pessoas certas e não acumuladas em uma, duas ou poucas pessoas um trabalho de uma equipe inteira.
O preço que a empresa terá com o absenteísmo e turnover por conta de esgotamento físico e/ou mental será muito maior do que o de contratar mais pessoas e não sobrecarregar ninguém.
Além disso, quando as tarefas são divididas, o colaborador consegue focar na sua especialidade e melhorar o desempenho, a produtividade e a criatividade.
#6 Treine os seus líderes
É importante que exista um treinamento para que os seus líderes estejam atentos aos problemas relacionados à saúde mental dos seus colaboradores.
E mais do que perceber o problema, eles podem contribuir para prevenção dessas questões. Muitas vezes o problema não está no trabalho, mas fora dele é preciso estar atento e conhecer os seus colaboradores.
Tem os que são pais de primeira viagem, os que cuidam dos pais idosos, entre outras questões onde lutam para conciliar a vida profissional e pessoal.
Estudos já comprovaram que os colaboradores cujo líderes eram mais atentos a essas questões tinham melhora no seu desempenho e na sua satisfação com o trabalho.
Nem precisamos falar que esses líderes também ficaram muito satisfeitos com os resultados, além de se tornarem pessoas muitos melhores, né? Empatia é tudo!
#7 Ações para aumentar o sentimento de pertencimento dos colaboradores
Se sentir parte da empresa é muito importante para a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores.
Criar uma cultura organizacional baseada em criar ações para desenvolver as relações entre os colaboradores pode ser uma estratégia importante para o seu bem-estar.
A pesquisa indicou que esses relacionamentos são responsáveis pela diminuição do sofrimento psicológico dos colaboradores.
Em seu livro “Filosofia de gestão”, Márcio Fernandes, fala sobre a importância de uma Nova Cultura Organizacional (NCO) que tenha abertura para a participação, ao desenvolvimento e ao protagonismo e engajamento das pessoas.
Quatro Pilares da Filosofia da Gestão (FG) de Márcio Fernandes.
Com todo o avanço da tecnologia, a Indústria 4.0 e Inteligência Artificial, o capital humano e seu bem-estar sempre será a alma de qualquer empresa e deve ter tanto investimento quanto todo o resto.
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