O processo seletivo é um momento de expectativas – do recrutador e do candidato. Humanizá-lo pode ser a melhor maneira de deixá-lo mais leve.
Mas você sabe como fazer isso na prática? Veja tudo que precisa saber!
Como seria um processo seletivo mais humanizado?
Segundo pesquisa da InfoJobs, 63% dos profissionais de RH dizem conduzir seleções mais humanizadas. Destes, 93% acreditam que podem ser mais empáticos.
E ainda segundo a pesquisa, aponta que a falta de feedback é o principal fator negativo no processo seletivo de acordo com os candidatos (43,8%).
A saúde mental foi muito discutida durante a pandemia, mas o quão de fato ela foi pensada na prática? O impacto já começa no processo seletivo.
Um processo seletivo mais humanizado precisa pensar no bem-estar dos candidatos.
Processos longos podem levar a um esgotamento mental, além de trazer ansiedade atrapalhando o desempenho do candidato. Você revisa as etapas com frequência para ver o que é realmente necessário?
É importante que a vaga seja anunciada com transparência e contenha todas as informações necessárias.
Um anúncio incompleto pode gerar expectativas que podem se tornar frustrantes, além de poder atrair os candidatos errados e fazer com que a pessoa e o recrutador percam tempo.
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Como o recrutador pode ajudar num processo seletivo mais humanizado?
Foi-se o tempo que a postura de um recrutador deveria ser de imposição e quase amedrontar os candidatos, onde apenas os mais fortes seriam os melhores para a empresa.
Vão existir pessoas introvertidas e extrovertidas em todo lugar, um RH estratégico sabe que se consegue tirar o melhor de cada um para que a empresa cresça ainda mais.
O recrutador precisa ter uma postura mais amigável, simpática e acolhedora para que o candidato se sinta à vontade e possa mostrar o seu melhor.
É importante que ele mostre interesse no candidato e saiba ouvir o seu ponto de vista sem julgar, se mostrar presente no momento e interagir também o deixam mais confortável.
Do mesmo jeito que o candidato está ali gastando seu tempo, muitas vezes vem de um local longe, gastou dinheiro com transporte e está ansioso para o processo.
O recrutador tendo isso em mente, precisa se mostrar presente e interessado, mesmo que ele perceba que o candidato não é ideal para a vaga.
Ele pode já dar o feedback na mesma hora dizendo o motivo que ele não irá passar para a próxima fase, o incentivando a não desistir.
#1 O que não fazer
– Ter uma postura invasiva ou intimidadora;
– Fazer perguntas muito pessoais que não vão interferir no trabalho, deixando o candidato constrangido;
– Não olhar nos olhos;
– Não olhar o currículo antes da entrevista;
– Não chamar o candidato apenas para ler o seu currículo na hora e dispensá-lo (ele gastou tempo e dinheiro para estar ali);
– Deixar o candidato esperando por muito tempo;
– Não dar feedback;
– Não dá nenhum retorno sobre o processo.
É importante que o recrutador se coloque no lugar do candidato, mostrando empatia.
Por que não mostrar como ele pode melhorar o currículo? Por que não dizer que não foi dessa vez, que aquela vaga não era para ele, mas tem outros setores na mesma empresa que seria mais o seu perfil e pedir pra ficar de olho quando abrir a vaga.
Se atente a linguagem de gênero, perguntando como o candidato prefere ser tratado.
Quanto mais à vontade o candidato estiver, vai facilitar para ele mostrar o seu melhor lado. É necessário inteligência emocional para conduzir isso, uma soft skill muito procurada nos recrutadores hoje em dia.
Um processo seletivo humanizado ajuda a diminuir o turnover, ajuda a ser uma marca empregadora e não custa nada, apenas boa vontade da equipe do processo.
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