A Síndrome do Impostor pode ser um problema quase invisível dentro das empresas. Você sabe identificá-lo? Veja como ajudar os seus times!
O que é síndrome do imposto?
O termo foi usado pela primeira vez em 1978 pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes com o intuito de definir a condição ou sentimento de ser uma fraude ou incompetente, onde utiliza um padrão de comportamento de dúvida e medo constante de se expor como tal.
E isso é bem mais comum do que você imagina. Segundo a Universidade Dominicana da Califórnia, 70% das pessoas se sentem dessa forma no trabalho em algum momento da vida.
De acordo com a pesquisa Panorama do Mercado de Product Management, feita pela PM3 em 2021, com profissionais de tecnologia, 83,2% dos gerentes de produtos sofreram com a síndrome do impostor.
Alguns profissionais de sucesso também falaram sobre como já estiveram nessa condição também, como a Michelle Obama, Neil Armstrong, Tom Hanks, Maya Angelou, entre outros.
Como identificar a Síndrome do Impostor?
O RH precisa estar atento aos sinais dessa desordem de auto percepção e, para isto, é preciso estar sempre acompanhando de perto os seus colaboradores.
#1 Não pertencimento
Já como uma autossabotagem, o indivíduo mesmo com todas as capacidades e ter entrado ou sido promovido por merecimento, demonstra como se achasse um peixe fora d’água.
Isso pode ser demonstrado ao se isolar e até mesmo acabar falando e demonstrando como se não pertencesse ao lugar ou ao cargo em tom de autopiedade, o que pode levar a Síndrome do Impostor.
#2 Procrastinação
A insegurança presente da Síndrome do Impostor pode fazer com que o colaborador acabe procrastinando.
Ter um canal aberto com os colaboradores pode ajudar a identificar melhor a causa da procrastinação, se ela está associada a Síndrome e como resolvê-la da melhor forma.
#3 Autossabotagem e autodepreciação
A autossabotagem é constante na vida de quem vive a Síndrome do Impostor, já que se o indivíduo sente uma fraude, ele fará de tudo para sair de certas situações.
É importante estar atento se o seu colaborador tenta fugir de certas reuniões importantes, apresentação de projetos, entre outras tarefas.
Assim como é comum que esse mesmo indivíduo use a autodepreciação para escapar dessas situações.
Esse colaborador provavelmente vai estar sempre se colocando para baixo ou como inferior. Fique atento!
Outra tendência também é a de comparação, sempre achando que o outro é melhor que ele e sem conseguir enxergar suas próprias qualidades.
Como ajudar seus colaboradores a não cair na síndrome do impostor
É difícil perceber os sinais, porém eles podem ir se agravando com o tempo e ficam mais perceptíveis.
É importante que o RH, de maneira estratégica, crie ações voltadas para a inteligência emocional e o autoconhecimento.
Dessa forma, através de um bom canal de comunicação em todas as hierarquias da empresa, possam ter essa autoavaliação e procurar ajuda por eles mesmos.
#1 Comunicação
A comunicação é a base de qualquer relacionamento e não é diferente no mundo corporativo.
Ter um canal de comunicação direto e transparente, onde o colaborador se sinta seguro para trazer os seus problemas pode fazer toda a diferença.
A saúde mental é um tópico cada vez mais frequente, já que mesmo com todo o avanço tecnológico, o que diferencia uma empresa da outra, são as pessoas.
Cuidar da saúde mental, significa cuidar da saúde dos negócios e elas estão completamente atreladas.
É importante ter um psicólogo para fazer o diagnóstico da síndrome do impostor e para tratá-la da melhor forma.
#2 Cultura da empresa
A cultura organizacional da empresa também precisa estar muito bem definida em relação aos erros dos seus colaboradores.
Todo mundo comete erros, ninguém é perfeito e, muitas vezes, as pessoas só acertam quando erram ou se arriscam podendo errar ou não.
É importante que o colaborador entenda isso de forma muito clara, para não acabar se cobrando demais por um erro ou não tentar por medo de errar e ser julgado por isso.
#3 RH mais próximo
Uma boa forma de tentar prever a síndrome do impostor é uma checagem periódica por parte do RH.
Conversar com seus colaboradores, dar e receber feedbacks, fazer uma pesquisa de satisfação dos clientes internos e externos.
Inclusive, conversando com pessoas da equipe pode ficar mais claro um líder que esteja passando por uma situação difícil.
#4 Métricas
A forma que a empresa mede o desempenho dos seus colaboradores pode influenciar bastante na sua saúde emocional e mental.
A empresa precisa sempre estar atenta em como isso afeta os seus colaboradores.
A forma que eu faço as minhas métricas hoje estimula ou deixa meus colaboradores mais estressados e frustrados?
A importância da comunicação mais uma vez se faz presente, aqui é tem uma grande chance de autossabotagem e cultura do medo.
O acolhimento é muito importante nessas horas e isso vai fazer toda diferença no diagnóstico precoce do seu colaborador.
Leia também: 6 tendências que serão o RH do Futuro
Socializar no trabalho presencial: seu time precisa voltar a ser mais sociável?
Voltar