A avaliação de desempenho deve considerar aspectos individuais e coletivos, não só em termos de indicadores numéricos, mas também nas questões comportamentais. Mais do que mensurar a qualidade técnica e os resultados obtidos, é fundamental entender o nível de engajamento do colaborador e seu alinhamento com a cultura organizacional.
A seguir, veja como incorporar esse processo na rotina da sua empresa.
1. Escolha o tipo de avaliação mais adequado
É possível combinar mais de uma ferramenta para tornar a avaliação de desempenho mais completa. Entre os métodos mais utilizados, temos:
– autoavaliação, em que o próprio colaborador é incentivado a refletir sobre pontos fortes e fracos;
– avaliação de equipe, que se concentra mais em aspectos de comunicação e relacionamento;
– avaliação 180º, em que o colaborador é avaliado por seu gestor direto;
– avaliação 360º, em que o colaborador é avaliado por si mesmo, por seus pares e pela liderança direta;
– avaliação das lideranças, em que o colaborador dá sua visão sobre o gestor.
A implementação desses diversos métodos pode ser feita de forma gradual, à medida que as equipes crescem e o organograma ganha complexidade.
2. Estabeleça a frequência da avaliação de desempenho
A avaliação de desempenho é parte de um processo de melhoria contínua. Por isso, é importante estruturar um ciclo — com repetições semanais, trimestrais, semestrais ou anuais, a depender da complexidade e das necessidades da sua empresa.
Uma ferramenta útil para elaborar esse trabalho e colocá-lo em prática é o PDCA:
1- Planejar (Plan);
2- Executar (Do);
3- Checar (Check);
4- Agir (Act).
A última etapa (Agir) se refere ao ato de analisar os resultados atuais e elaborar um plano de ação para que as deficiências identificadas sejam corrigidas no ciclo seguinte.
3. Treine as lideranças para aplicar a avaliação
A postura das lideranças é crucial para que a avaliação de desempenho cumpra seu papel e promova o ideal de gestão humanizada. Cabe ao RH preparar os gestores, ensinando-os a utilizar as ferramentas de análise e incentivando-os a ter uma participação ativa em todo o processo.
Um dos principais desafios nesse sentido é garantir que as avaliações não sejam enviesadas pelas preferências pessoais dos avaliadores. Os critérios precisam ser objetivos e o feedback assertivo faz a diferença.
4. Documente todo o processo
Todo material gerado precisa ser organizado e armazenado para facilitar consultas futuras. Isso ajuda a perceber a evolução dos resultados e contribui para outras tarefas importantes do RH, como a elaboração de um plano de carreira.
Além disso, a avaliação de desempenho costuma render insights valiosos para melhorar o clima organizacional. Se esse é um dos seus objetivos, veja algumas dicas para melhorar o nível de satisfação dos seus colaboradores.
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