A inclusão apesar de ser muito falada, ainda dá pequenos passos no ramo empresarial. O RH tem papel fundamental para trazer essa linguagem inclusiva nas empresas. Confira!
O que é linguagem inclusiva?
A linguagem inclusiva é justamente trazer uma linguagem de inclusão – sem excluir nenhum coleguinha.
Quantas vezes falamos do colaborador se sentir parte da empresa? E quantas vezes a empresa perguntou se ele se sente representado ou se é respeitado?
Apesar de sermos o país da diversidade, também somos o país do preconceito e onde a inclusão ainda está longe de ser algo normal no cotidiano.
A linguagem inclusiva tem que fazer parte da cultura organizacional da empresa em sua postura, comunicação e no dia a dia – não adianta ficar só na teoria.
Diferente da linguagem neutra – que vem sendo muito utilizada na internet com ‘elu’, ‘todes’, etc.. -, a linguagem inclusiva procura abranger todos com palavras que já existem no nosso vocabulário.
Promovendo a inclusão na sua empresa
O RH tem papel fundamental nisso justamente por ser a área mais ligada aos colaboradores.
É fundamental conhecer os colaboradores para traçar as estratégias que serão utilizadas para promover a diversidade e a inclusão.
E não tem nada de errado em pedir ajuda, aliás é bem importante que pessoa capacitadas sejam acionadas para essa ação como uma consultoria, por exemplo.
#1 Líderes
Os líderes com certeza têm que dar o exemplo, sendo os primeiros para uma liderança inclusiva.
É importante que os líderes consigam acolher, sabendo que também terão pessoas que podem se mostrar resistentes às mudanças e elas também precisam ser acolhidas.
#2 Comunicação assertiva
A forma como serão feitas as ações são muito importantes para que elas sejam educativas, inclusivas e assertivas.
Também os canais de comunicação que são feitos de acordo com o perfil dos seus colaboradores e se muda de setor para setor dependendo até do tamanho da empresa.
#3 Linguagem
Esse é o primeiro ponto. Muitas expressões de cunho preconceituoso ainda são utilizadas e muita gente nem sabe o que vem por trás daquelas expressões.
Ao se tornar uma empresa que pensa em inclusão e ter uma linguagem inclusiva é importante estar atento a isso.
Para tal, se faz necessário mais uma vez a contratação de profissionais capacitados para que seja revisto na empresa essa questão.
E isso vem desde o recrutamento, primeiro é importante ter uma comunicação transparente e que mostre como a diversidade e inclusão faz parte da empresa para que ele saiba onde está entrando e que o preconceito não será tolerado.
Também é fundamental que expressões como “opção sexual”, “parceiro homossexual”, “GLS”, “mudança de sexo”, “mulata”, “a coisa tá preta”, entre outros saiam do vocabulário dos recrutadores.
E isso também deve ser passado no onboarding da empresa. Por sinal, aproveita e baixa o nosso e-book sobre o onboarding dos sonhos clicando aqui!
#4 Educação
O conhecimento tem poder e quanto mais isso for disseminado na sua empresa, mais fácil será a mudança na empresa.
Podem rolar palestras, workshops, dinâmicas de grupo, debates, cartilhas, podcasts, espaço de conteúdo nos blogs, eventos, entre outras ações.
#4 Saúde Mental
A saúde mental dos colaboradores está cada vez mais em pauta, principalmente com a pandemia e um longo período de isolamento.
Para além disso, as questões relacionadas à inclusão e saúde mental têm que ser levada a sério pelas empresas.
O preconceito vem em relação ao gênero, a orientação sexual, racial e até pela faixa etária.
Como isso afeta a minha empresa?
Os consumidores estão cada vez mais atentos às questões de diversidade e inclusão. Uma empresa com representatividade é essencial nos dias de hoje.
Para se ter uma ideia dessa importância, a Accenture realizou uma pesquisa onde aponta que 46% dos consumidores dão preferência a empresas que tem colaboradores diversificados.
Essas pessoas também se mostraram dispostas a pagar até 5% a mais no valor final quando acreditam que a empresa tenha a inclusão como prioridade.
Além disso, 41% dos consumidores mudariam de local de compra para uma empresa que valorizasse esses conceitos.
A Kantar realizou um estudo, o índice Reykjavik, onde mostrou que 41% dos brasileiros entrevistados se sentem confortáveis em ter uma mulher como líder. Na escala de 0 a 100, o nível de conforto foi de 66.
Apesar da Organização do Trabalho mostrar que as empresas com diversidade de gênero na liderança pelo mundo tiveram um crescimento de 5% a 20% nos lucros, temos apenas 3% de mulheres ocupando cargos de liderança no Brasil.
Boas práticas para o RH
É importante que o RH tenha consciência do papel que irá direcionar todas as ações da empresa, pois tudo começa no processo seletivo.
– Pergunte com qual pronome se identifica. Já tem empresas que utilizam o nome social no crachá, nos benefícios, entre outros;
– Cuidado com as expressões sexistas, racistas ou homofóbicas – a importância de ações educativas.
Não é piada quando machuca o outro, então é importante ressaltar o cuidado dos colaboradores com piadas sobre o cabelo, sobre o peso e tantas outras questões.
O importante é querer mudar, não é fácil e pode ser um processo lento, mas vale a pena fazer a diferença na vida dos seus colegas.
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