Educação financeira: como ensinar seus filhos

Sempre falamos que educação vem de berço e isso não pode ser diferente quando o assunto é a educação financeira, afinal, como dizem “os filhos são o espelho dos pais”.

É muito importante que a criança aprenda o valor das coisas desde pequeno e isso pode ser feito de forma natural de acordo com a idade. 

A importância de cada fase

Primeira Infância – 0 a 6 anos 

Essa é a fase da simbologia, onde existe uma maior curiosidade, comunicação e imaginação.

Apesar de ainda não ser introduzida muita matemática neste período, o aprendizado por ser iniciado com um cofrinho e de maneira lúdica.

Nesta fase também é importante separar as atividades de lazer e as de consumo. É comum a criança pensar em saída como sinônimo de compras. Separar essas atividades é essencial para evitar frustrações e aprender sobre limites.

Segunda infância – 7 a 11 anos 

Entra a fase do desenvolvimento do raciocínio lógico, com isso a criança passa a ter  maior percepção do valor das coisas e do dinheiro.

É possível introduzir o processo de compras, por exemplo, dando autonomia – sob supervisão de um adulto – de comprar um lanche, um brinquedo, usando suas economias para adquirir algo.

Assim ela percebe o preço das coisas e quanto ele precisa poupar para conseguir um determinado objeto.

Aqui também é importante que ele descubra que para ganhar e poupar dinheiro, ela precisa conquistá-lo. Pode-se introduzir o sistema de recompensas, onde também será estimulada a criatividade para ganhar o próprio dinheiro.

Adolescência – 12 aos 18 anos 

Nessa fase, a relação com dinheiro já é bem percebida, assim como a do trabalho, essa é a hora de dar mais responsabilidades.

O adolescente começa a entender os perigos do cartão de crédito, pagar contas, entre outras atividades.

Abaixo listamos 5 dicas para guiar essa educação financeira infantil

1 – Cofrinho

O cofrinho pode ser usado desde a primeira infância –  e se ele for transparente é melhor, pois essa fase é muito visual. 

Com o avançar da idade, a criança pode separar o cofrinho de acordo com o seu objetivo: um para gastos do dia a dia, outro para determinados objetos, brinquedos, vídeo game e etc… 

É importante ensinar também a doar, a ter empatia e ajudar o próximo.

2 – Mesada

A mesada pode ser mensal ou semanal. 

É importante não associar a mesada aos estudos, nem as tarefas domésticas. A criança deve aprender que estudar e arrumar sua cama, por exemplo, é sua obrigação.

Estimule seu filho a organizar suas finanças de acordo com a sua mesada. Por exemplo: caso ele queira comprar um brinquedo, vale simular com ele, quanto será necessário guardar por semana para conquistar seu objetivo.   

Além disso, como forma de ganhar um dinheiro extra, os pais podem incentivar atividades como: varrer a calçada, ajudar no trabalho dos pais ou nas tarefas de casa, fazer lanches ou artesanatos para vender na escola ou para os vizinhos, entre outros.

3 – Ensine a importância de registrar

A essência de um bom planejamento financeiro é saber com o que você gasta – e isso tem que ser ensinado desde sempre.

Ao mostrá-la como registrar seus gastos, fica mais fácil da criança perceber o que é necessário e o que é supérfluo. É ainda criança, que o adulto pode aprender sobre planejamento financeiro. 

4 – Deixe a criança cometer erros

Por mais que doa ver um filho sofrer, é importante para o seu desenvolvimento que ele perceba a importância do planejamento.

É normal que nesta idade o pequeno não pense muito na hora de comprar e acabe gastando mais do que deveria. 

5 – Fale sobre a vida financeira da família

Saber a situação da família é importante para que a criança aprenda sobre o que ela pode ou não pode, o motivo do comportamento dos pais diante da negação de determinado objeto, passeio ou qualquer coisa que tenha custos e eles não possam comprar.

O adolescente deve ser mais envolvido nessas questões ao acompanhar a planilha de gastos dos pais junto com a dele – o exemplo é essencial para que o aprendizado seja estimulado e eficaz.

Quanto mais cedo a criança perceber a importância da educação financeira, menos chance de uma vida de dívidas ela terá. A educação é a base de tudo e com a vida financeira não é diferente.